PARE DE MOTIVAR E COMECE A INSPIRAR!

Artigo

O crescimento de qualquer empresa só pode ser alcançado com líderes que sirvam de inspiração para suas equipes

Por Rodrigo Saporiti

Liderar um negócio tem a ver, em última instância, com a capacidade de aproveitar a força das pessoas envolvidas. Fazer a gestão com pessoas não é fácil. Toda organização é uma coletânea de indivíduos, cada um com suas próprias filosofias, vulnerabilidades, motivações, forças e fraquezas. A liderança eficaz considera essas diferenças e cria uma cultura na qual as pessoas podem usar o máximo de seus talentos. 

Em outras palavras, liderança tem a ver com criar capacidade nos outros. Tem a ver com imaginar o futuro, determinar uma direção estratégica e alinhar a organização e suas pessoas com uma visão específica. 

Líderes x gerentes. Os melhores líderes, como já disse Steve Jobs, “deixam uma marca no Universo”. Esses líderes não são limitados por convenções, mas são capazes de pensar fora da caixa, assumindo ideias únicas que afetam o status quo a seu favor. Nos mercados supercompetitivos de hoje, os líderes que admiramos não apenas pensam mais que os outros, são mais espertos que eles e vencem seus rivais, mas interferem em setores inteiros. Eles mudam o jogo.

Mas sinceramente, qual tem sido o seu grau de engajamento na motivação da sua equipe?

Você promove desafios e campanhas?

Você premia e recompensa os objetivos alcançados?

Você comemora e confraterniza?

Veja que eu acredito que todas são funções de um líder. Transformar o clima organizacional da empresa. Torná-la um Great Place to Work.

Como escrevi no título deste artigo, não acredito que você seja capaz de motivar pessoas, na verdade, porque isso é impossível. Mas você pode e deve inspirar as pessoas da equipe. Seja como líder servidor, com elogios na hora certa, reconhecimento, comemorações, feedback, até pelo exemplo. 

Aproveite estas dicas, tirando apenas 10 minutos do seu tempo, para inspirar colaboradores da sua empresa: 

Diga “obrigado”- Não elogie somente os grandes feitos, mas também como as pessoas lidam com a rotina do dia a dia do trabalho. Tenha 10 minutos do seu dia para elogiar os funcionários pelos seus trabalhos.

Peça ajuda – As ideias dos empregados sempre contam – e não somente quando a ideia do chefe não funcionou. Escolha um dos desafios que você tem de realizar e pergunte a seus funcionários o que deve ser feito – mesmo que você já saiba a resposta. Isto é reconhecimento das suas habilidades.

Dê crédito – Tire 10 minutos para reconhecer as coisas que o seu time lhe ensinou ou as coisas que o seu pessoal faz que o ajuda nas suas funções.

Ofereça um “empurrão” – Muitas pessoas esquecem (ou nunca souberam) da importância que o seu trabalho tem dentro da empresa e na vida de muitos clientes. Tire 10 minutos para explicar a um funcionário apático como a sua performance se relaciona a todos, auxilia os companheiros de trabalho e gera satisfação aos clientes.

Além disso, cada vez mais é importante você como gerente entender a questão relacionadas às novas gerações:

Eles precisam de recompensas rápidas – De e-mail a celular, de preparo de alimentos a resultados de eleições, tudo na vida dos mais jovens acelerou, e muito. Por isso, alguns sentem dificuldade e se desmotivam ao terem de esperar um mês para ver o resultado de seu trabalho. Enquanto o pagamento não vem, abuse de elogios aos comportamentos corretos, repasse os sinais de satisfação dos clientes, divulgue bons resultados parciais da equipe. Da mesma forma, assegure esse pessoal da importância da posição de cada um deles. Mostre a diferença que faz um bom vendedor (assim como ele está se tornando).

Não se baseie apenas em dinheiro – Você está falando com uma geração que tem dezenas de opções de entretenimento e que prefere trabalhar por menos, se tiver chance de aproveitar melhor a vida e as oportunidades. Uma geração que sabe que, se é para ganhar dinheiro com vendas, pode fazê-lo através de sites como MercadoLivre e mundos virtuais, sem ter de sair de casa ou se preocupar em colocar gravata. É esse seu concorrente por talentos. Fale e demonstre o quanto o ambiente é bom, promova uma comunicação sem barreiras, envolva o pessoal com alguma ação em benefício da comunidade. Você irá segurar os melhores talentos jovens que o dinheiro não compra.

Ajuste seus valores aos deles – Nada de dizer “Entrei aqui como vendedor e, em pouco mais de seis anos consegui comprar minha casinha; meu primeiro carro, era usado, mas…”. Por mais que esse seja um bom resultado, vimos que não é isso que o jovem espera. Até porque as pessoas se casam cada vez mais tarde e não há essa necessidade de destinar dinheiro para a segurança e patrimônio da família. Em vez disso, dinheiro para se divertir algumas noites no mês ou para passar férias em um local motiva muito mais esses talentos.

Além disso, comemore sempre.  De várias formas. Quer um exemplo?

Quando você promover um funcionário, utilize a ocasião para inspirar e motivar todo seu time, e dê a todos a chance de comemorar com um happy-hour:

Feche as portas e peça para todos que puderem ficarem mais uma ou duas horas.

Peça algumas pizzas ou sanduíches.

Faça um breve discurso sobre as qualidades e conquistas que levaram à promoção.

Este reconhecimento ao colaborador dará as dicas do que os outros podem fazer para também chegarem lá.

Lembre-se: raramente os líderes atingem as maiores alturas sozinhos. Muitos são os detalhes. Se por um lado a liderança tem a ver com visão, a gestão tem a ver com processos, planejamento, orçamento, estrutura e equipe, tarefas que ajudam uma organização a continuar fazendo aquilo que ela já faz. 

Como líderes, precisamos criar a capacidade organizacional para o sucesso continuado, o que quer dizer formar equipes e gerenciar talentos. Uma equipe efetiva é algo poderoso. Os indivíduos trabalham melhor em equipe – são mais produtivos e mais inovadores. As equipes também podem ser autogeridas: as pessoas apoiam umas às outras e se esforçam para que a equipe não afunde. 

Por fim, você também sai ganhando. Equipes efetivas exigem menor supervisão e menos direção que indivíduos sozinhos e a performance é guiada por uma mesma visão coletiva, não pelas expectativas de um indivíduo.

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